Posicionar-se a favor da legalização do aborto é muito fácil, tenso em vista que existem diversas clínicas clandestinas fazendo milhares de aborto anualmente e causando várias mortes por infecção generalizada decorrentes do aborto mal feito.

A legalização pode até ter o intuito de melhorar a qualidade desses serviços, uma vez que a grande maioria das clínicas ilegais não são qualificadas e não fornecem total segurança às mulheres. Mas as autoridades não irão conseguir controlar a prática a ‘céu aberto’, já que, quando ilícitas, o combate é ineficaz.

Como o país não se disponibiliza de recursos para supervisionar a legalização do aborto, sou contra a prática. Considero legal apenas no caso de gravidez indesejada resultante de estupro ou quando a gestante corre risco de vida. O melhor método de erradicar o aborto ou pelo menos amenizá-lo é o investimento em mais campanhas com o intuído de conscientizar as mulheres e os homens em relação ao significado da gravidez e os riscos de um aborto. Dessa forma, não ocorrerão tantas gravidezes por acidente e a prática abortiva será evitada.